domingo, 20 de outubro de 2013

A LÍNGUA PORTUGUESA E A ATUAÇÃO POLICIAL MILITAR




No Brasil vive-se uma era em que a escrita entrelaça as complexas relações sociais e as práticas culturais. Atualmente, o comportamento do homem, principalmente urbano, se regula pela escrita, nos diversos domínios da convivência social: jurídico, institucional, trabalhista, constitucional,  pessoal. Com o policial militar não é diferente, pois esta inserido nessa sociedade e deve pautar suas ações pela civilidade e na busca de uma atuação exemplar o que implica a absorção do conhecimento e, concomitantemente, de um maior entendimento da língua com a qual interage com a população que o cerca.

O policial militar possui direitos e muitas vezes é confrontado com os direitos de outros, pois nenhum cidadão sente-se bem ao ser confrontado com a lei. Na busca por seu direitos o policial militar precisa fazê-lo com sabedoria e conhecimento e a maneira que terá para expressar-se será pela escrita que deverá ser formal e padronizada. Também terá que fazê-lo quando, por força da lei e da necessidade de agir for confrontado juridicamente pelo tratamento dado a um cidadão que por algum motivo entender que foi injustiçado. Será por meio da língua portuguesa que o policial militar se expressará no meio jurídico e constitucional. Será essa a ferramenta com a qual terá que se expressar.
Institucionalmente não é diferente, pois são diversos os fatores que fazem com que o policial militar se atenha à escrita a qual deverá ser concisa, objetiva e seguir os padrões exigidos pelo meio em que trabalha. Seja para confeccionar uma ocorrência ou para responder um memorando o policial militar não pode fugir às regras formais que são exigidas para que tenha um bom trâmite os documentos que produz. Dessa forma, mais uma vez, faz-se necessário um bom conhecimento da Lingua Portuguesa, pois se assim não for certamente o profissional mostrara-se incapaz e terá a necessidade de uma tutela. A objetividade, a clareza e a concisão com que são tratados os assuntos e a forma como as ideias vêm organizadas na produção textual certamente refletirão e mostrarão para o público externo e interno o policial capaz ou não que esta por trás do texto redigido.
Vivemos em um país em que a distribuição do conhecimento como fonte de poder é feita privilegiando alguns e discriminando outros e isso pode ser verificado, por exemplo, em nossas escolas. Não é mister que na condição de policial militar se alargue mais essa discriminação começando pela Lingua em que se interage com a sociedade. A sociedade que compartilha os princípios da honestidade e da dignidade merece um tratamento também digno a começar pela forma com que se comunica com ela. Entendê-la em sua forma de se expressar já é trazê-la da marginalidade para o centro das atenções e torna-la mais humana.







           

            

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