domingo, 4 de março de 2012

PATOLOGIZAÇÃO DA POBREZA

SOARES, Magda. Linguagem e escola: uma pergunta social. 17ª Ed. São Paulo, 2000. P. 18-20.


O texto traz informações sobre a patologização da pobreza, ou seja, a deficiência, carência ou privação cultural no qual estão incursas uma grande parcela da população.
Esta ideologia, segundo a autora, surgiu nos Estados Unidos, na década de sessenta com a luta da população contra a desigualdade econômica. A população que se envolveu nessas questões era em sua maioria negra, porto-riquenhos e chicanos, os quais eram as minorias étnicas naquele país.
Ao perceberem que eram discriminados no mercado de trabalho e que suas crianças e jovens eram discriminados pelo sistema de ensino as minorias étnicas começaram a exigir oportunidades iguais o que levou o governo a tomar medidas de integração social. Estas medidas, no entanto, foram tomadas sob um foco capitalista e parcial sendo os problemas que afligem as classes desfavorecidas verificados pela classe abastada e dominante que buscava soluções ditas cientificas partindo sempre de modelos idealizados os quais fatalmente não encontrariam a solução real para as questões socioeconômicas daquela população.
No Brasil, seguidor-mor das ideias americanas, não foi diferente, pois abraçou a ideologia da patologização da pobreza na década de setenta, permanecendo até os dias atuais com professores que, drasticamente querem oferecer uma educação em níveis quantitativa e qualitativa inferior para as camadas populares. Uma estigmatização dolosa que destrói o possível gênio muitas vezes em favor de uma classe mediocre e vazia que nada mais quer a não ser permanecer no domínio.

PATOLOGIZAÇÃO DA POBREZA

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